Otra Face


O Rap do Otra Face

O grupo Otra Face, de Monte Mor, está na estrada com disposição para mostrar que o artista independente consegue manter a qualidade de seu trabalho mesmo com a adversidade e penosa situação do brasileiro que luta pela produção cultural de um país e de uma região, o interior de São Paulo, que exige cada vez mais que um músico dedique-se a diferentes formas de garantir o sustento. O Otra Face vem para fortalecer o Rap e conquistar mais público para um estilo de vida: "Pois a essência do Rap é o protesto e isso é o que dá a cara para a música".

Eli Fernandes (EF) - Qual a atual formação do grupo?
Mano Crazy - Hoje a formação é praticamente a mesma da original e primeira, porém não conta com o nosso antigo DJ “ Piruca “, Fernando, então conta nos vocais com César Razék, Ronaldo “Mano Crazy”, Evandro  “Candango “ e Daniel Dorico o “Dany Boy”.

EF - Pode contar um pouco da experiência de cada integrante?
Mano Crazy - César Razék e Mano Crazy são o vocais de levada de escola parecida no rap tem a pegada da levada mesmo de recitar o rap e são tão os principais compositores do grupo que é abrilhantado com todo o talento de Dany Boy e Candango, que contam com enorme capacidade vocal e muito talento para criar as melodias e embelezar qualquer que seja a estrofe de qualquer musica fazendo assim uma mistura perfeita de sonoridades.

EF - Como é o cotidiano de uma pessoa que se dedica hoje ao rap?

Mano Crazy - Hoje vemos que o rap volta a ganhar espaço na mídia e em grandes shows até mesmo no lolapalooza, porém as pessoas que vivem o rap ainda hoje têm que enfrentar grande preconceito com o estilo musical e assim como todos nós também o enfrentamos, porém viemos imprimir nossa marca, deixar registrado nosso estilo  no mundo da musica.

EF - Como é precisar trabalhar em outras áreas para poder se bancar e ao mesmo manter a atuação no grupo?

Mano Crazy - Essa realmente acaba sendo uma das grandes dificuldades ainda enfrentada por todo artista independente, assim como nós, pois cada integrante tem seu universo particular, com sua família e seus lares, mas mesmo assim sabemos que traçando metas e objetivos concretos e trabalhando com seriedade e profissionalismo iremos alcançar o objetivo final que claro, é transformar nossa musica e talentos em nossa profissão e principal fonte renda.

EF - O músico Frejat, do grupo de pop/rock Barão Vermelho, disse, ano passado, que o “rock perdeu relevância política no Brasil para o rap”. O que você pensa sobre essa frase?

Mano Crazy - O rap ainda que se torne atraente para o mercado como produto, nunca perderá sua relevância nesse sentido, pois a essência do rap é o protesto e isso é o que da a cara para a musica. Sendo assim, se não tiver esse peso o rap, mas sim qualquer outro estilo, por mais comercial ou musical que esteja o rap, ele sempre vais ser de impacto no assunto que estiver tratando.

EF - Quais os grupos e artistas que você considera mais importantes hoje no cenário do rap, tanto nacional quanto internacional e quais as suas principais influências?

Mano Crazy - Hoje vemos muitos rappers despontando, porém Emicida e os que colam com a Laboratório Fantasma e os Rappers da nova escola do Rio de Janeiro, vem deixando cada vez mais em evidente o estilo musical. Aqui no Brasil. Já sobre rappers estrangeiros, não temos muita referências a não ser os clássicos como Bonne, Kendric, Tupac etc.

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